domingo, 18 de novembro de 2012

30 Moedas





No Evangelho segundo Mateus, capítulo 26, versículos 14-16, lemos a seguinte passagem:

            14 – Então um dos doze, chamado Judas Escariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes.
15 – E disse: que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata.
                16 – E desde então buscava oportunidade para o entregar.

O entendimento é muito claro e conhecido. Judas, o discípulo e apóstolo que eventualmente trairia Jesus Cristo, estabeleceu o valor de 30 moedas de prata para tão abominável, como também marcante, feito. Por que chamar atenção para este evento em específico, pergunta-se o caro leitor?  Eis a resposta: Judas, que andou com Jesus, que testemunhou os milagres, a maneira, a ética, os ensinos, e sobretudo, o amor do Mestre, ainda assim teve seu preço, vendeu sua própria honra (pensando estar vendendo o Rei dos Reis...) a aqueles que buscavam matar o Cristo, aqueles que não conseguiam suportar o peso das verdades oriundas do Céu.
            O que nós temos a ver com isso? Qualquer indivíduo com o mínimo de fé em Deus ergue-se de sua cadeira agora, indignado e afirma, de peito aberto, que não imitaria o ato de Judas, que não venderia a Jesus. Sem dúvidas, e dado o conhecimento prévio que temos da situação, acredito. Porém, existem outras situações, mais cotidianas, e nem sempre tão historicamente definitivas, onde somos desafiados a provar nossas convicções, nossa honra e dignidade e, muitas vezes, terminamos é por vendê-las. E a baixo preço, vale salientar.
            Muitas são as maneiras pelas quais a gente pode se vender. Aquele voto que o eleitor cede mediante certos “favorecimentos”.  Aquela menina com quem você fica por pressão da galera (e às vezes tu até tens namorada). A opinião que cedemos pra agradar uma maioria, que por ventura era a ideia que defenderia a Palavra de Deus. Aquele filme que assistimos, mesmo sabendo que não deveríamos assistir. Aquela coladinha na prova da escola. A tentação carnal cedida, repetidas vezes, a atitude antiética no trabalho. Pois é, creio que jáentendeu-se o ponto.
            O que temos de lembrar, por mais que já tenhamos ouvido isso nas pregações, é que Jesus pagou o mais alto preço pelo resgate de nossas vidas, pela reparação de nossos erros. Isso não é algo tão simples quanto parece. Note, Jesus, é Deus. Mesmo enquanto homem, Foi e É perfeito. Seu sangue, absolutamente inocente, limpo de pecados, é de valor incomensurável, nada poderia custar mais caro neste plano de existência. E, num ato de amor absoluto, o Cristo foi surrado, carregou e se deixou pregar na cruz, para que a Humanidade tivesse, enfim, esta nova chance...
            Tudo o que foi escrito neste texto tem um só intuito. Um aviso, um pedido, um clamor: não desperdice essa nova chance, não se venda! Sua alma não tem preço, pois foi comprada pelo Sangue do Cordeiro de Deus. Seja forte, seja firme, resista, mantenha a convicção, preze a honra, lute pela causa! Não traia o Evangelho de Deus, não torne o sacrifício do Filho coisa vã! Nenhuma recompensa deste mundo suplanta as bênçãos espirituais derramadas pelo Espírito Santo em nossas vidas. Oro a Deus que aqueles que proclamam Seu Nome o amem sobre todas as coisas, sempre. Sejamos fiéis, como o Pai Celestial sempre o foi. E que Deus nos abençoe.

Por: Fred Quadros

3 comentários:

  1. Muito bom seu texto Fred Quadros, gostei muito edificante, Deus te abençoe cara e continue sempre te dando esse entendimento.

    As vezes trocamos Deus, por simples pensamentos que não condizem com sua vontade, com palavras ditas por impulso, por pequenos atos, pequenas coisas, e até mesmo sem percebermos.

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    1. Agradeço a consideração irmão, espero que o texto tenha te edificado. Deus seja contigo, sejamos sempre fiéis a Ele, lembrando do que Ele fez e faz por nós.

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  2. Bateu de frente comigo hoje. Não é fácil ser confrontado, mas servir é Deus engloba confrontos deste tipo, lutas contra si mesmo... renúncia, persistência. Que Deus nos perdoe por nos verdermos e tornar tão barato o sacrificio da cruz. (Que ELe ME perdoe.)

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